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Volta do X? ex-Twitter driblou bloqueio no Brasil?

  • Foto do escritor: Tiago Cavalcante
    Tiago Cavalcante
  • 18 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de set. de 2024

Rede social está bloqueada no Brasil desde o último dia 30, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Elon Musk foto

Elon Musk — Foto: Getty Images


Uma mudança no registro dos servidores do X

permitiu a usuários brasileiros voltarem a ter acesso

à rede social nesta quarta-feira, contrariando a ordem

do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal

Federal (STF). Provedores de internet, responsáveis pelo

bloqueio, dizem que a atualização na plataforma,

na prática, dificulta a restrição.


A rede social de Elon Musk passou a usar um serviço

que funciona como uma espécie "escudo" para proteger

seus servidores. De acordo com provedores de internet,

uma das empresas contratadas para isso foi a Cloudflare,

que oferece o serviço para grandes empresas brasileiras,

incluindo bancos. Ao todo, a companhia americana opera

com 23 milhões de sites no mundo.





Ao distribuir o tráfego do X por novas rotas, o serviço cria obstáculos para o bloqueio do acesso à rede social, mesmo com a ordem judicial, segundo representantes da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT).


— O X passou a funcionar com um novo software, que não está mais usando os IPs da rede social, mas da Cloudflare. Não é uma coisa simples de bloquear. Eles fizeram uma modificação para tornar o bloqueio muito mais difícil — avalia Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da ABRINT. — Os provedores não têm o que fazer. Vamos aguardar a definição oficial sobre como proceder.


Para restringir a rede social, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) depende da ação de cada provedor de internet, que fica responsável por bloquear o acesso ao IP da rede social. Segundo a agência, são mais de 11 mil provedores de banda larga homologados no Brasil.


Desde que identificaram a mudança de rota no registro do X, as provedoras estão em contato com a Anatel para entender como fazer o bloqueio da rede, já que o IP (Protocolo de Internet) registrado passou a ser o da Cloudflare.

Basílio Rodríguez Perez, da Abrint, diz que é "quase impossível" bloquear o Cloudflare sem restringir "uma série de serviços legítimos e necessários" que rodam no serviço.



Sistema aplicado pelo X 'esconde' registro


Para proteger aplicativos e sites de ataques cibernéticos, a Cloudflare usa um mecanismo chamado de proxy reverso, que foi o adotado pelo X, explica Pedro Diógenes, diretor técnico para a América Latina na empresa de tecnologia CLM.


— Um proxy reverso, como o oferecido pela Cloudflare, funciona como um intermediário que gerencia o tráfego da Internet entre os usuários e o servidor de um site. Ele não só melhora a segurança e a velocidade do site, mas também permite mascarar o IP real do servidor, mostrando apenas o IP do proxy — pontua o especialista.




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